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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Pessoas e os livros, relação de amor e ódio.



“Desde a democratização da internet mundo afora, cada vez menos livros estão sendo lidos pelos adultos e menos ainda por crianças; se nos países ricos está assim, no Brasil a coisa é muito pior, quando um brasileiro vai ler um livro, só pega bobagem e coisa sem conteúdo de verdade pra ler.”
Para Paulo Freire, "a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra”. O ato de ler é uma forma de alimentar não só o espírito, como também vem da experiência existencial do indivíduo. A “leitura do mundo” dá-se primeiro no campo sensorial, sentir o vento, o calor do sol, as texturas de cada tipo de terreno; depois é que vem a “leitura da palavra” que tem regras fonético-fonológias, gramaticais, sintáticas entre tantas outras amarras da leitura.
Já ouvi e disse muito aquele discurso inicial, mas como pode um povo que lê pouco, ou não lê, estar entre os 10 países com maior faturamento no mercado editorial? Se o brasileiro não lê, como explicamos a queda nos preços de livros entorno de 40% e ainda temos a venda de cerca de 30 milhões de exemplares de bolso, arrecadação no mercado brasileiro de pouco mais de R$6 bilhões?
A pesquisa Retratos da Leitura, divulgada no ano passado, constatou que metade dos brasileiros com mais de 5 anos disse não ter lido nenhum livro nos últimos três meses.  É preocupante? Claro, mas é perfeitamente compreensível se considerarmos o Brasil como um país em que há poucas livrarias e as que há estão em locais mais elitizados, as bibliotecas públicas que também não são muitas estão abandonadas e 20% das pessoas entre 15 e 49 anos são analfabetas funcionais. E quanto a outra metade da laranja? São pouco mais de 88 milhões de leitores. Qualquer um tem um amigo nas redes sociais que vez ou outra posta frases como “é muito livro pra pouco dinheiro”; provavelmente a maior parte deles, são leitores ocasionais, mas não se pode afirmar que um enorme potencial para crescimento, mas ainda há esperanças.

“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem.”  (Mário Quintana)

Dicas de Young Adult (YA não são livros com conteúdo adulto, diga-se de passgem; nomenclatura dada a livros como Jogos Vorazes, God of War, Halo, etc) para começar a ler, ou ler mais um pouco:
1. Divergente por Veronica Roth
2. A Culpa é das Estrelas por John Green
3. A Menina que Roubava Livros por Markus Zusak
4. A Vida em Tons de Cinza por Ruta Sepetys

Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil

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